Quais são os benefícios do Sistema de Registro de Operações para o Open Insurance?

O mercado de seguros pode contar com mais personalização, agilidade e alcançar melhores resultados quando trabalha associado às tecnologias disruptivas, como big data e inteligência artificial (IA), já constatadas como primordiais para o avanço na transformação do mercado de seguros, como demonstra o guia de 2022 (registro necessário) da Boost.ai, que apresenta como a IA de conversação deve amadurecer em um mercado de US$ 18,4 bilhões até 2026. Pensando nisso, a Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão regulador e fiscalizador dos mercados de seguros, previdência complementar aberta, capitalização e resseguros no Brasil, publicou diversas Circulares que regulam o Sistema de Registro de Operações (SRO). São elas:  

  • Circular Susep 599/2020, que estabelece as regras de homologação dos sistemas de registro e de credenciamento das entidades registradoras de operações de seguros, previdência complementar aberta, capitalização e resseguros; 
  • Circular 601/2020, que dispõe sobre as condições para o registro das operações de seguro garantia em sistemas de registro homologados e administrados por entidades registradoras credenciadas pela Susep; 
  • Circular 619/2020, que dispõe sobre a política de segurança e sigilo de dados e informações das entidades registradoras credenciadas a prestarem o serviço de registro de operações de seguros, previdência complementar aberta, capitalização e resseguros;  
  • Circular 624/2021, que dispõe sobre as condições para o registro facultativo e para o registro obrigatório das operações de seguros de danos e de seguros de pessoas estruturadas em regime financeiro de repartição simples. 

Tais medidas de lançamento do Sistema de Registro de Operações estão em consonância com a implementação do Open Insurance, que prevê o compartilhamento de dados dos clientes entre sociedades seguradoras, insurtechs e outras entidades autorizadas pela Susep, por meio de APIs. Toda essa movimentação visa maior concorrência entre seguradoras e maior transparência entre as empresas e os clientes. 

 Quer saber como vai funcionar o Sistema de Registro de Operações (SRO) e como sua implementação no Open Insurance pode beneficiar o mercado de seguros? Continue a leitura! 

O que é o Sistema de Registro de Operações (SRO)? 

O Sistema de Registro de Operações (SRO) é uma ferramenta de registro obrigatória. Nela deverão ser registrados detalhes sobre as operações de seguro:  

  • apólice;  
  • endosso; 
  • cobertura contratada; 
  • sinistros;  
  • cosseguro e  
  • resseguro.  

No modelo anterior, os dados poderiam levar até um mês para entrar no sistema, com o SRO a atualização é instantânea, sempre que houver um sinistro ou movimentação. 

Além disso, o SRO vai gerar integridade e centralização das operações do sistema, somado à transparência, padronização, tratamento dos dados em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e contribuição com toda a infraestrutura do mercado financeiro em geral. De acordo com Vinicius Brandi, diretor da Susep, o SRO é uma base de dados sobre o mercado de seguros que traz uma riqueza de informações e está sendo um acelerador para a implementação do Open Insurance. 

Todas as pontas da cadeia serão beneficiadas pelo SRO, inclusive seguradoras e resseguradoras, que terão mais agilidade no envio de relatórios e informações à Susep, apuração dos fluxos financeiros e identificação das partes envolvidas e das características dos eventos e transações.  

As registradoras vão disponibilizar as informações, com o consentimento dos clientes, de acordo com a LGPD, para a criação de base de informações do Open Insurance, fazendo parte do ecossistema interligado por APIs. 

Qual a relação entre o SRO e o Open Insurance?

De acordo com a Susep, o SRO e o Open Insurance estão sendo implementados ao mesmo tempo para que o Sistema de Registro de Informações servisse como uma base para o sistema de compartilhamento de dados do Open Insurance, como uma plataforma que contém todos as informações das operações do setor. Ou seja, um está diretamente relacionado com o outro. 

De acordo com o 10º Relatório de Análise e Acompanhamento de Mercados Supervisionados da Susep, houve um crescimento expansivo da receita advinda da contratação de seguros, de R$61.611 milhões em 2011 passando para R$141.007 em 2021, mais de 100%. Como o SRO permite a análise de dados em tempo real e o Open Insurance visa a personalização de ofertas e maior transparência, tal receita tende a crescer ainda mais nos próximos anos, quando os dois sistemas já estiverem implementados. 

O mercado segurador será beneficiado dessa relação entre SRO e Open Insurance, já que a imensa base de dados fornecida por ambos ajudará a gerar insights valiosos. Esses processos devem ocorrer com mais agilidade juntos, até porque o prazo de implementação das fases 2 e 3 do Open Insurance é junho de 2023, conciliável com o prazo de implementação do SRO. 

>> Leitura recomendada: Descubra como Big Data deve impactar o ecossistema do Open Finance 

As fases de implementação do Open Insurance

Para garantir o funcionamento eficaz do compartilhamento de dados e do sistema do Open Insurance Brasil, sua implementação foi dividida em três fases, previstas para acabarem em junho de 2023. A primeira fase, chamada “open data”, está prevista para terminar em junho de 2022 e abrange a disponibilização de dados de canais de atendimento e produtos.  

A segunda fase, que tem início previsto em setembro de 2022, visa o compartilhamento de dados pessoais cadastrados, permitido pelos consumidores, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGDP), além de algumas movimentações relacionadas a produtos e registros de dispositivos eletrônicos. 

Já a terceira fase, com início previsto para dezembro de 2022 e finalização em junho de 2023, é chamada de efetivação dos serviços, em que serão possíveis as contratações, endosso, resgate, portabilidade, aviso de sinistro e outros. Junto com o SRO, todas essas movimentações estarão armazenadas propriamente e de forma instantânea. 

Por que ingressar no Open Insurance?

O Open Insurance é um ecossistema que funciona por APIs (Application Programming Interface), que são como “pontes de comunicação”, permitindo a troca de informação entre plataformas. A ideia é que todos os dados e esse modelo sejam uma inovação no mercado de seguros, tornando os produtos mais acessíveis para os consumidores e trazendo mais oportunidades para as instituições do sistema. 

O objetivo é eliminar obstáculos para os clientes: com uma plataforma organizada, como um marketplace, as informações estarão mais simples e a competitividade entre os provedores de seguros e outros produtos irá aumentar. Grandes nomes do mercado de seguros já expuseram otimismo em relação ao Open Insurance e como esse ecossistema tem potencial para melhorar a forma como pessoais naturais e pequenas e médias empresas gerem suas finanças, além de promover a inclusão financeira, a democratização do acesso a produtos de seguros e previdência, transformando a experiência com o mercado.

Experiências personalizadas no mercado de seguros

Os três pilares do Open Insurance são Open Inovation, cujo foco é a disponibilidade de dados; Digital Experiences e Novos Modelos de Negócios. Com eles, as companhias poderão trabalhar em conjunto no sistema e fornecer uma melhor experiência ao consumidor, afinal, experiências personalizadas são cada vez mais importantes em todos os mercados.

A personalização está cada vez mais difícil devido à rapidez e instantaneidade trazidas pelas novas tecnologias. Com a disponibilidade dos dados dos clientes, é possível fornecer uma gama de produtos pensados individualmente, para que eles façam sua escolha com transparência. Conhecer suas preferências e história é um benefício e isso fará com que eles se sintam valorizados. Essas são as vantagens do uso do big data: criação de experiências personalizadas.

A segurança no Sistema de Registro de Operações (SRO)

A segurança de dados é um dos focos em sistemas como o SRO e o Open Insurance. Os dados abertos de seguros e os dados pessoais de seguros são duas coisas diferentes. Enquanto o primeiro trata dos dados das sociedades supervisionadas pela Susep, abertos ao público e disponíveis por meio de APIs, já disponibilizados na fase 1 de implementação do Open Insurance, o segundo está relacionado aos dados dos clientes, e para seu compartilhamento é necessário consentimento. 

Nesse sentido, muitos setores já adotaram tecnologias de Inteligência Artificial para proteção de dados dos seus consumidores. Isso mostra como é fundamental que o mercado de seguros tenha o espaço e o ambiente adequados e transformados para fazer do Open Insurance uma realidade, empoderando os consumidores. 

Para essa transição, as seguradoras e companhias do ecossistema precisam seguir os requisitos mínimos que a regulação de proteção de dados exige e, assim, beneficiar-se com as mudanças trazidas pelo Open Insurance e com o Sistema de Registro de Operações. 

Com o aumento no volume de chamadas e de emergências médicas nos últimos dois anos, infelizmente ocasionado pela Covid-19, ficou confirmada a necessidade do investimento em IA para interação mais rápida com os clientes, suporte à distribuição, detecção de fraudes e muitas outras necessidades verificadas pelo mercado de seguros. Muitas seguradoras possuem sistemas de tecnologias diferentes, o que aumenta o desafio para a integração e a transição adequada ao Open Insurance.  

Com uma padronização será possível atrair muito mais clientes e solidificar sua relevância no mercado, aderindo às tendências do futuro. Para isso, a OPUS possui uma solução de Open Insurance que te ajudará a seguir as regulações e diretrizes do mercado e cumprir os protocolos de segurança. Conheça mais sobre o OPUS Open Insurance e personalize a experiência dos seus clientes! 

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