Cada vez mais, as plataformas de pagamento digital têm se adaptado para criar melhores experiências para o consumidor. Por trás dos benefícios percebidos pelos usuários, podemos observar tendências tecnológicas que estão transformando a forma como as instituições financeiras oferecem esse serviço para o mercado indiano.
Leia abaixo quais são essas tendências.
UPI 2.0
O UPI é uma solução mobile de pagamento instantâneo, utilizada para efetuar transferências interbancárias de pessoa para pessoa e pagamentos de comerciantes.
O sistema foi desenvolvido em abril 2016 pelo National Payments Corporation of India (NPCI), e hoje um a cada dois indianos possuem uma conta na plataforma.
O seu diferencial está na forma de interação com o usuário, permitindo que os pagamentos sejam realizados de forma extremamente simples.
O novo cenário expõe a necessidade de instituições financeiras tradicionais oferecerem soluções de pagamentos mais intuitivas e simples para o usuário final. Além disso, com os novos hábitos dos consumidores somados com intervenções regulatórias, existe um avanço na criação de sistemas financeiros mais amigáveis ao B2B – isso era tudo que o UPI precisava, pois irá além da conveniência do consumidor para resolver alguns desafios das pequenas e médias empresas.
BharatQR
O BharatQR é um sistema de pagamento integrado indiano desenvolvido em 2016 pelo NPCI, Visa, MasterCard e American Express. O sistema padronizou o uso de QR Codes para realizar pagamentos, diminuindo a necessidade do uso de máquinas de cartão.
Predominantemente impulsionada pelo universo on-line, a ruptura digital traz à tona a discussão do O2O (Online-to-Offline). Estimular a concorrência é importante para melhorar esse tipo de serviço que ainda está embrionário. Por exemplo, o banco IDFC foi o primeiro a lançar um sistema de pagamento biométrico por meio da sua rede (Aadhaar), permitindo transações financeiras on-line em pontos de venda usando autenticação como modo de segurança.
Na Índia, dos 460 milhões de usuários de internet, nem 10% utilizam efetivamente os meios digitais para efetuar suas transações. O que reflete que o setor financeiro ainda tem muito espaço para evoluir passando por cima das dificuldades já existentes por conta de cultura e estrutura do país. Contabilizando essas variáveis, pode-se concluir que o O2O será bem recebido – afinal, compras off-line que podem ser feitas com pagamentos via UPI e Aadhaar irão remodelar este mercado.
Acesso ao crédito
A exploração de métodos únicos de classificação de crédito é um passo importante para os bancos definirem suas melhores estratégias comerciais. O Imposto sobre Bens e Serviços oferece essa oportunidade às instituições financeiras que aproveitam para alavancar novos modelos de empréstimos aos seus clientes, tudo baseado em fluxo – os retornos deste imposto podem ser usados como proxy para a qualidade de crédito de uma empresa, ainda mais para as PMEs.
Quando pensamos em pessoa física, é possível perceber que o uso de mobiles aumenta consideravelmente. O comportamento é registrado e os coloca no ecossistema de crédito formal – estes dados ficam disponíveis para bancos indianos e fintechs.
Na Índia, essa democratização representa chances mais igualitárias para as mulheres. Isso porque, o sistema financeiro formal do país ainda não compreende o comportamento do público feminino, seus requisitos de privacidade e seu acesso individual ao crédito. Toda essa movimentação irá expandir o impacto que os bancos podem ter sobre a população financeiramente ativa da Índia.
O que concluir?
Várias tecnologias de pagamento devem estar na lista de prioridades dos responsáveis pela experiência do usuário. É importante que estratégias comecem a ser traçadas para responder às perguntas:
- Como avaliar a maturidade das nossas soluções de pagamento?
- Como criar um novo comportamento de pagamento digital que envolva os canais do meu banco?
- Quais são os produtos adicionais relevantes para meus clientes usando pagamentos como crédito, seguro, etc?