O processo de transformação digital nas empresas envolve maior automação. Nesse contexto, cada vez mais empresas estão prestando atenção no conceito de Robotic Process Automation (RPA).
Em linhas gerais, RPA consiste na automação de altos volumes de tarefas repetitivas, simulando a interação de um usuário com a interface gráfica de uma aplicação.
Segundo a Gartner, os investimentos em Robotic Process Automation podem chegar a US$ 2,4 bilhões em 2022, mantendo um crescimento de 58% ao ano — tal como aconteceu entre 2017 e 2018, quando chegou à marca de US$ 680 milhões.
Quais as vantagens de Robotic Process Automation?
Robotic Process Automation é um conceito muito usado por empresas que contam com sistemas complexos e diferentes, que precisam interagir entre si de forma fluída. As principais vantagens de uso de RPA são integração de sistemas, redução de custos, eliminição de erros de digitação, e aumento de velocidade nos processos.
O Robotic Process Automation funciona a partir da interface gráfica de uma aplicação, substituindo um usuário executando tarefas na tela de um computador. Em síntese, a tecnologia é uma automação controlada de interfaces gráficas de usuário — especialmente úteis para sistemas legados que não trabalham com APIs e precisam de formas mais complexas de automação.
Como implementar o Robotic Process Automation e quais as dificuldades
A analista Cathy Tornbohm, da Gartner, resume a mentalidade de quem deve investir em RPA: “tenha expectativas claras do que a ferramenta pode fazer e como sua empresa as usará para trabalhar na transformação digital como parte de uma estratégia de automação”.
Para que os projetos de Robotic Process Automation sejam bem sucedidos, os líderes devem avaliar casos para seu uso, focando em criar valor para a empresa, seja com redução de custos, ou com aumento de receita.
Manutenção
Por mais automatizado que seja, as ferramentas de RPA também precisam ser operadas por alguém. Ou seja, é necessário ter uma equipe especializada dedicada a implementação e manutenção dessas ferramentas.
Dessa forma o custo de manutenção é um aspecto importante que deve ser considerado na escolha de RPA, já que representa mais uma camada de ferramentas no sistema.
Equipes responsáveis
Para que a operação funcione bem, é fundamental definir responsáveis pelas ferramentas de RPA. Se alguém mudar algo no sistema com os quais os robôs interagem, é necessário que estes sejam atualizados também. Por mais automatizados que sejam, os robôs podem não compreender mudanças no sistema — o que acarretará em bugs falhas na operação.
Segurança
Para interagir com determinados sistemas, as ferramentas de RPA muitas vezes necessitam de permissões de acesso específicas. Dessa forma, é importante colocar atenção nesse processo, que podem abrir brechas de segurança nos sistemas com os quais interagem.
Limitações
Muitos sistemas legados têm entraves para interagir com robôs, uma vez que foram projetados para serem manipulados apenas por pessoas. Por isso, os sistemas de RPA podem ter limites para trabalhar com sistemas legados.
Como dissemos, por rodar em unidades gráficas, esse tipo de automação pode ser complexo. Por isso, saiba considerar pontualmente quais os problemas que a tecnologia irá resolver — e não espere milagres.
Como observa o analista Benrd Rucker, as interfaces gráficas são limitadas e têm longos processos de manutenção — o que muitas vezes invalida os planos de implementar Robotic Process Automation. Em geral, as APIs são ferramentas muito mais eficientes, no entanto, o processo de automação dos robôs ainda é útil em sistemas legados que não contam com APIs adequadas.
