Uma nova geração de aplicativos móveis está surgindo. Eles resolvem problemas reais dos clientes e são integrados aos processos de negócio, por isso têm vida perene nos celulares dos usuários e não são apagados na segunda utilização.
Em 2015 o número de consultas na Internet através de dispositivos móveis ultrapassou o de computadores desktop e laptops. Esse fato já era esperado, uma vez que as pessoas utilizam seus smartphones praticamente o tempo todo, o que não ocorre com seus computadores tradicionais. No Brasil, já são mais de 70 milhões de usuários que utilizam smartphones para se conectar à Internet. Esses usuários consultam seus aparelhos em média 150 vezes por dia, gastando 177 minutos nessa interação diária com seus dispositivos.
Segundo pesquisa divulgada pelo IBOPE, em dezembro de 2015, os donos de smartphones no Brasil possuem em média 15 aplicativos instalados em seus aparelhos. Os aplicativos mais populares são aqueles voltados para troca de mensagens e comunicação, redes sociais, mapas e entretenimento (música ou jogos em geral). Dentre os aplicativos desenvolvidos por empresas tradicionais, apenas os dos bancos figuram entre os mais populares, justamente porque resolvem problemas reais das pessoas.
A primeira geração de aplicativos móveis
Realmente, a maioria dos aplicativos desenvolvidos por empresas tradicionais, seja no Brasil ou no exterior, não passam de meros catálogos de produtos ou serviços que oferecem pouca ou nenhuma utilidade para a vida das pessoas.
Em um primeiro momento, quando os smartphones ainda eram novidade, a tecnologia móvel parece ter sido enxergada pelas empresas apenas como mais um canal promocional, e seu uso ficou restrito às campanhas de comunicação empresarial, normalmente sob responsabilidade de agências de propaganda. O resultado foi uma enxurrada de aplicativos móveis estáticos, catálogos ou promoções temporais associadas a campanhas – na linha do “ganhe isso se fizer aquilo”. Uma vez baixado um aplicativo desse tipo, ele logo vira um espaço ocupado que acaba sendo apagado depois do primeiro ou segundo uso, para dar lugar a outras aplicações.
Esse fenômeno lembra muito o início da Internet, quando várias empresas começaram a colocar de forma estática seus produtos e serviços em catálogos eletrônicos da Web. Foi necessário algum tempo para se entender que, diferentemente dos meios de comunicação de massa, que são unidirecionais, a Internet permite interatividade e o usuário é capaz de se expressar, de criar conteúdo e de interagir com suas marcas e produtos preferidos, reatribuindo significados e gerando valor por ele mesmo. Assim, as empresas começaram a oferecer sites dinâmicos, interativos – e as mais bem sucedidas foram aquelas que disponibilizaram serviços úteis para seus clientes.
Migrando da telona para a telinha
Um primeiro desafio para as empresas, no que se refere à tecnologia móvel, foi adaptar seus sites Web para a tela dos smartphones. Já no ano passado, refletindo o aumento da popularidade do acesso à Internet via dispositivos móveis, o Google passou a penalizar, em seu mecanismo de busca, os sites que não estivessem adaptados a esses dispositivos.
Porém, oferecer aos usuários de smartphones apenas o que já estava disponível na Web é ignorar a grande diferença entre os dispositivos móveis e os computadores pessoais: as pessoas utilizam seus aparelhos móveis o tempo todo. Mais do que um canal de comunicação, o smartphone representa para as empresas uma oportunidade de engajar seu cliente. É justamente aí que reside o maior valor de se oferecer um aplicativo móvel realmente útil para o cliente final.
O que é um aplicativo útil?
Um aplicativo útil é aquele que resolve um problema real da vida do cliente no momento de necessidade dele, no contexto em que ele se encontra. Pode ser um conjunto de operações simples, como a de eliminar barreiras de comunicação entre o cliente e a empresa – permitir, por exemplo, acompanhar de forma transparente o processo de atendimento de uma encomenda, de uma reclamação ou de uma sugestão. Mas pode ser também a realização de tarefas mais complexas, como é o caso das operações bancárias. Não por acaso, os aplicativos dos bancos estão entre os mais populares, pois é possível fazer a grande maioria das transações bancárias através do smartphone, eliminando a necessidade de ir a uma agência ou até de utilizar os sistemas de Internet Banking tradicionais via Web.
Outros exemplos interessantes incluem os aplicativos de algumas companhias aéreas, que permitem fazer check-in, consultar o portão de embarque e verificar a pontualidade do voo. Os aplicativos de algumas lojas de conveniência que permitem acompanhar o acúmulo de pontos de seus programas de fidelidade e até a realização de pagamentos pelo smartphone. Ou ainda o aplicativo de uma rede de “fast-food” que permite que se faça o pedido para viagem antes de chegar à lanchonete, agilizando o processo de atendimento.
Todos esses exemplos mostram que uma nova geração de aplicativos móveis começa a surgir. São aplicativos que geram o engajamento do cliente com a marca e colocam esse cliente dentro de pelo menos alguns dos processos de negócio da empresa. Tais aplicativos estendem os processos para além das fronteiras das organizações e se tornam verdadeiras plataformas de negócios.
Integração com sistemas transacionais
Um dos principais desafios dessa nova geração de aplicativos móveis é a necessidade de integração com os sistemas transacionais já existentes, que automatizam os processos de negócio da empresa. Muitas vezes, sua construção inclui a necessidade de revisitar alguns desses sistemas, além de reavaliar os próprios processos e preparar as pessoas para os novos modelos de atendimento.
Depois do sucesso de algumas iniciativas pioneiras, essa mudança na forma de encarar os aplicativos móveis dentro das empresas começa a se popularizar. E tem alterado significativamente o cenário do mercado de construção desses aplicativos. Depois de uma primeira onda, em que estúdios de criação e design, mais voltados para aspectos de estética e de usabilidade, eram requisitados para a tarefa de desenvolver aplicativos, mais recentemente o mercado tem se voltado para empresas que tradicionalmente atuam no desenvolvimento de sistemas transacionais mais complexos.
Um exemplo disso é o que vem ocorrendo aqui na Opus Software, que desenvolve softwares há quase 30 anos, construindo sistemas críticos e complexos para médias e grandes empresas, além de plataformas de automação bancária e processamento de cartões.
A nova geração de aplicativos móveis é integrada ao negócio
Há algum tempo os clientes nos procuravam para desenvolver aplicativos móveis simples, tipicamente promocionais. Nos últimos meses, a empresa tem sido bastante requisitada para a construção de aplicativos móveis integrados aos processos de negócio.
As encomendas de aplicativos mais complexos eram apenas de empresas startup que têm seus modelos de negócios completamente baseados nos dispositivos móveis. Mais recentemente, empresas tradicionais de diversos segmentos, como serviços, indústria e varejo, têm nos procurado com projetos mais ousados, que incluem a integração com seus sistemas de retaguarda e até a alteração de alguns dos processos de interação com seus clientes.
Para atender bem a essa necessidade, nossa grande experiência com sistemas de missão crítica e alta demanda de processamento ajuda a conceber soluções que suportam um grande volume de usuários.
Conhecimento sólido faz diferença
Nesse novo cenário, a confiabilidade e desempenho dos aplicativos é um dos fatores críticos de sucesso. Não por acaso, também existem alguns casos de clientes que nos procuram para reconstruir aplicativos que foram desenvolvidos sem respeitar os preceitos fundamentais de engenharia de software e, por isso mesmo, acabam deixando a desejar em termos de qualidade e funcionalidade, frustrando os usuários e comprometendo a imagem de qualidade da empresa. São aplicativos que não agregam valor para seus usuários – e que acabam sendo apagados rapidamente.
A Opus, em conjunto com a empresa cliente, redefine os processos que realmente importam e são fundamentais no relacionamento com o cliente, recriando a aplicação de forma a maximizar o benefício que os usuários têm. E garantir que a aplicação (APP) não seja apagada na sua segunda utilização. Notamos que são esses aplicativos, de segunda geração, com utilidade verdadeira, é que terão vida perene nos celulares dos usuários.